quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Seminário Gaúcho do Cooperativismo


O  XVII Seminário Gaúcho do Cooperativismo, será realizado em 20 e 21 de outubro, no Hotel Master Premium de Gramado. Sob a temática ‘O poder de agir para um futuro sustentável’, o Sescoop-RS promoverá o encontro com o propósito de oportunizar aos participantes uma análise dos cenários econômicos e financeiros do Brasil. Também objetiva estimular nas cooperativas o desenvolvimento de iniciativas sustentáveis. A  primeira conferência do encontro, ‘Cenários e perspectivas para o Brasil’, será ministrada pelo jornalista William Waack. Na sequência, o advogado Ademar Schardong e o diretor-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Odacir Klein, apresentarão o painel ‘Face à conjuntura brasileira, quais os desafios para o crescimento das cooperativas?’. Após a apresentação dos relatórios dos grupos de trabalho, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, apresentará a terceira e última palestra do seminário.

Também no primeiro dia de evento haverá a entrega do Prêmio Ocergs de Cooperativismo. Além disso, terá degustação de vinhos, espumantes, sucos e frios produzidos pelas Cooperativas, jantar e show musical com a Orquestra Sinfônica de Teutônia.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

COOPERATIVISMO: O HOMEM MAIS PERTO DE UM MUNDO MAIS JUSTO - Poesia de Jaime Caetano Braum, que foi encomendada pela equipe de comunicação da Fecotrigo, em 1978.




COOPERATIVISMO: O HOMEM MAIS PERTO DE UM MUNDO MAIS JUSTO

Na majestade infinita, da região hoje plantada,
pelo Guarani habitada, um dia chega o Jesuíta,
na catequese bendita, do índio de alma primária,
pra unir com fé doutrinária, lavoura, oficina e templo,
dando à América o exemplo da vida comunitária!

É a iniciativa privada, orientada e coletiva,
é a ideia Cooperativa, é a vivência organizada;
Mas um dia chega a espada, e a ambição pelo poder,
ao índio restou morrer, pois negou-lhe a prepotência,
a lei maior da existência: o Direito de Viver!

Após terríveis chacinas, da opressão contra o direito,
sem o mínimo respeito, nem pelas santas batinas,
restaram somente ruínas, e a inesquecível lição,
do índio de pé no chão, aos que o iriam suceder:
tudo é possível fazer, com fé, vontade e união!

O sino das Reduções, silenciou nos descampados,
quase cem anos passados, vieram novas gerações,
no chão daqueles rincões, que tanta legenda encerra,
há um novo grito de guerra ecoando nos corredores,
pastores e agricultores, cantando os cantos da terra!

Na querência missioneira, fronteiras e serranias,
em vez das notas bravias, da velha inúbia guerreira,
há uma imensa cabeleira, flamejante de cereais,
dos restos de catedrais, brotou cultura e semente,
algo eterno e permanente pra não morrer nunca mais!

E os que cresceram peleando, rasgando as primeiras sendas,
os que plantaram legendas, sementes estão plantando,
plantando e se organizando, na pecuária e na agricultura,
porque a gente da planura entende desses assuntos,
e sabe que - pegar juntos se traduz na união mais pura!

E assim o agricultor, que está cooperativado,
tem direito assegurado, ao fruto de seu labor,
e não o tem por favor, mas porque não ficou mudo,
- com estudo – ou sem estudo e sem ir atrás de engôdos,
sabe que tudo é de todos, e que tem direito a tudo!

E venceremos assim essa luta macanuda, em cada mão uma ajuda,
em cada voz um clarim, e chegaremos ao fim,
todos juntos – que sozinho falta calor de carinho
e luz para a iniciativa, que é sempre a Cooperativa
que aponta o melhor caminho!

O chão do nosso batismo, que peleando conquistamos,
ao futuro projetamos, com alma e com patriotismo:
VIVA o Cooperativismo! – Irmão ajudando irmão,
que até ao tomar chimarrão, escutando uma cordeona,
a tudo se soluciona, força da união pela união!

E por fim, a segurança, prêmio do trabalho honrado,
do presente e do passado que no futuro se lança
na imagem de uma criança, diante do cenário augusto.
- Peguemos juntos, sem susto, escolhendo o líder certo,
levando o homem mais perto de um mundo muito mais justo!


Jaime Caetano Braun

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

TRADICIONALISMO - Entrevista do Deputado Federal Giovani Cherini ao BLOG COOPERATIVISMO TCHÊ.




O deputado Federal Giovani Cherini é Conselheiro Honorário do Movimento tradicionalista gaúcho – MTG. Graduado em Cooperativismo pela UNIJUÍ, com pós-graduação em Cooperativismo na UNISINOS.  

A Coleção Símbolos do Rio Grande do Sul foi traduzida para o Francês

Fale sobre o seu trabalho sobre o resgate dos Símbolos do RS.
Além dos oficiais como a bandeira o hino e o brasão, o Rio Grande do Sul adotou outros símbolos que fazem parte da cultura do povo gaúcho. Todos definidos por Decreto e Lei estadual. Para evidenciar às crianças a origem e a importância dos símbolos estaduais, lançamos, juntamente com Roberto Rech, a Coleção Símbolos do Rio Grande do Sul ( Editora Imprensa Livre) reúne todos ícones que identificam os símbolos da nossa terra.  Essa coleção chegou a ser distribuída, gratuitamente, para todas as escolas do Rio Grande do Sul. As historinhas foram traduzidas para o francês e foram distribuídas na Semana do Rio Grande do Sul que aconteceu em 2015, em Paris.  

E quais são, exatamente, os símbolos culturais e ecológicos do RS?
São considerados, oficialmente, símbolos do Rio Grande do Sul: a árvore é a erva-mate (lei 7.439); a bebida é o chimarrão (lei 11.929); a ave é o quero-quero (lei 7.418); a flor é o brinco-de-princesa (decreto 38.400); o animal é o cavalo crioulo (lei 11.826); a planta medicinal é a marcela (lei 11.858); a escultura é a estátua do laçador (lei 12.992); a gaita é o instrumento símbolo (lei 13.513); as carreiras de cavalos em cancha reta o esporte equestre (lei 14.525);  e, a pedra ametista é o mineral (lei 14.728). O churrasco é considerado o prato típico (lei 11.929).  

De onde vem a ideia de uma lei para regulamentar os rodeios no Brasil?
 A ideia de regulamentar os rodeios veio para contrapor ao  Projeto de Lei 2086/2011 que proíbe a perseguição de animais em provas de rodeios , de autoria do deputado federal Ricardo Tripoli, de São Paulo. Por isso apresentei  o projeto de Lei nº 213/15, que  regulamenta o rodeio como atividade da cultura popular, com sugestões feitas pelo  Movimento de Tradições Gaúchas, o MTG.  O objetivo do PL 213/2015 é regulamentar o rodeio, atividade cultural e tradicional praticada em todo território brasileiro. Estima-se que os rodeios sejam seguidos por um público superior a trinta milhões de aficionados, que acompanham os inúmeros festivais realizados. No Brasil, existem as festas de peão de boiadeiro, de descendência country norteamericana, sendo a maior festa de rodeio no Brasil, a do Peão de Barretos, que chega a reunir mais de 300 mil pessoas e movimenta milhões de reais em diversos setores. Importante destacar que  No Brasil, o tema Rodeio também é tratado pela Lei nº 10.220/2001, que institui normas gerais relativas à atividade de peão de rodeio, equiparando-o à atleta profissional, e a Lei nº 10.359/1999, que dispõe sobre normas a serem observadas na promoção e fiscalização da defesa sanitária animal, quando da realização de tais eventos. Vejo que algumas pessoas se preocupam em relação aos animais.  É importante lembrar que o Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG, representando seus filiados, possui um compromisso firmado com o Ministério Público do Estado, que estabelece normas para a realização dos rodeios crioulos, cumprindo as disposições legais que tratam deste assunto, jamais permitindo maus tratos aos animais.

Qual a sua contribuição, como parlamentar, para o tradicionalismo gaúcho?
Posso dizer, com orgulho, que sou um dos parlamentares que mais se dedica a trabalhar pela valorização da cultura tradicionalista do nosso Rio Grande o que tem me  tornado Conselheiro Honorário do Movimento tradicionalista gaúcho - MTG. Entre as ações, nesta área, enumero algumas: Apresentação do Projeto de Lei nº 926/2011 que busca conferir a este legítimo representante da cultura gaúcha o reconhecimento de Patrimônio Histórico e Cultural do Brasil; autor da Lei 11.929, que institui o churrasco como prato típico e o chimarrão como bebida símbolo do Rio Grande do Sul e estabelece o dia 24 de abril como o Dia do Churrasco e Dia do Chimarrão; autor da Lei 12.150 que declara como integrante do patrimônio histórico e cultural do Estado o Acampamento Farroupilha;  autor da Lei 12.150 que declara a como integrante do patrimônio histórico e cultural do Estado o Cipreste Farroupilha, de Guaíba; autor da Lei 12.992 que declara como integrante do patrimônio histórico e cultural do Estado e escultura-símbolo, a estátua do Laçador; autor da Resolução nº 2.708, institui o Prêmio Teixeirinha que tem como objetivos homenagear, anualmente, cantores, cantoras, trovadores, trovadoras, declamadores, declamadoras, compositores.

Como fazer com que todo o Brasil reconheça a nossa cultura?
Com o intuito de demonstrar a todos os brasileiros  a grandiosidade da história cultural que está imbuída no cerne do Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG, também propus o  Projeto de Lei  nº 926/2011, que busca conferir a este legítimo representante da cultura gaúcha o reconhecimento de Patrimônio Histórico e Cultural do Brasil.