quarta-feira, 30 de junho de 2021

COOPERATIVAS GAÚCHAS ANUNCIAM FATURAMENTO BILIONÁRIO

Presidente Vergilio Perius  anunciou os resultados 


O levantamento divulgado no relatório Expressão do Cooperativismo Gaúcho 2021 (ano-base 2020) indica o faturamento recorde das cooperativas na ordem de R$ 51,2 bilhões, com incremento de 6,4% em relação ao período anterior. Os indicadores que confirmam a posição de destaque do setor no Rio Grande do Sul foram anunciados nesta quarta-feira (30/6) pela Ocergs, durante o Tá na Mesa online da Federasul. “O desempenho das cooperativas gaúchas se reflete no crescente aumento dos ingressos, que nos últimos cinco anos atingiu a marca de 44,25%. Um dos grandes diferenciais do cooperativismo é que as sobras geradas pelas cooperativas permanecem nas comunidades em que elas estão inseridas, o que transforma nosso modelo de negócios em um potencial agente de transformação e desenvolvimento econômico e social”, afirma o presidente do Sistema Ocergs, Vergilio Perius. Crescimento das sobras A eficiência econômica das cooperativas gaúchas se concretiza através dos resultados que apresentam. No último ano, o crescimento registrado nas sobras apuradas foi de 22,5%, atingindo o valor de R$ 2,9 bilhões, o que representa uma expansão de 121,98% nos últimos cinco anos. A solidez do sistema cooperativista estadual se comprova na evolução do patrimônio líquido, que cresceu 17,9% e alcançou R$ 21,2 bilhões, refletindo as boas práticas de gestão nas cooperativas. Em relação aos ativos, o cooperativismo gaúcho registrou um acréscimo de 28,5%, alcançando a marca de R$ 98,2 bilhões. As cooperativas do RS geraram R$ 2,1 bilhões de tributos em 2020. Desse montante, R$ 1,1 bilhão foram em tributos estaduais, R$ 1 bilhão em tributos federais e R$ 80 milhões em municipais. Saldo positivo de empregos No acumulado de 2020, o saldo de empregos com carteira assinada nas cooperativas foi de 3.683, o que aponta variação relativa de 5,7%. A expansão de postos de trabalho no setor, que em 2020 registrou 68.303 empregos diretos, contrasta com o cenário do Rio Grande do Sul, que amargou no ano passado o segundo pior saldo no mercado de trabalho formal do Brasil, com o fechamento de 20.220 empregos. “O aumento de empregados contratados, sobretudo pelas cooperativas agroindustriais, de saúde e de crédito conforta a sociedade gaúcha, pois o Rio Grande do Sul fechou o acumulado no ano com uma variação relativa negativa de 0,80%”, explica Perius. Confiança no sistema cooperativista O número de associados às 455 cooperativas gaúchas passou de 2,97 milhões para 3,06 milhões em 2020, o que reforça a confiança da sociedade no sistema cooperativista. A participação da população gaúcha envolvida no cooperativismo é de 53,4%, considerando que a família de cada associado se constitui, em média, de duas pessoas. Agro impulsiona resultados As cooperativas agropecuárias registraram um faturamento de R$ 35 bilhões em 2020, o que representa um aumento de 11,8% em relação ao exercício anterior. Atualmente, 63 cooperativas do Rio Grande do Sul possuem planta agroindustrial, onde processam a matéria-prima e agregam valor em mais de 131 produtos diferentes. Na produção total da safra de soja gaúcha, as cooperativas do setor mantêm sua participação de 50%. Crédito, Saúde e Infraestrutura Outro setor que apresenta destaque é o ramo Crédito, que ampliou em 34% a captação de recursos nos depósitos a prazo, registrando R$ 28,5 bilhões nessa modalidade. Na área de Saúde, 1,8 milhão de beneficiários de planos de saúde no Rio Grande do Sul são provenientes de cooperativas, o que representa 46% das operadoras do Estado. No ramo Infraestrutura, as cooperativas do setor atendem 369 municípios do Estado e somam mais de 303 mil consumidores, com incremento de 14,9% em ativos, alcançando a marca de R$ 2,2 bilhões. Cenário do cooperativismo brasileiro O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destaca através dos números a força do cooperativismo no País. “Praticamente 30% da população brasileira tem ligação direta ou indireta com o cooperativismo”, afirma o dirigente. De acordo com a OCB, o modelo cooperativista reúne 15,5 milhões de cooperados distribuídos em 5,3 mil cooperativas no Brasil. São mais de 427 mil empregos diretos gerados, o que reforça o impacto positivo das cooperativas no desenvolvimento econômico e social das comunidades em que atuam. A estimativa de faturamento das cooperativas brasileiras em 2020 supera a marca de R$ 308,8 bilhões, enquanto que nos ativos chega a mais de R$ 495 bilhões. No último ano, as cooperativas contribuíram com mais de R$ 26 bilhões em tributos no Brasil. Cooperativas como motor do desenvolvimento do Brasil “Na média brasileira, 53% de tudo o que o Brasil agrícola produz é desenvolvido por cooperativas. E o melhor, dessa produção agrícola originada por cooperativas, a base delas é de pequenos agricultores, com 71,2% dos agricultores sendo do perfil da agricultura familiar”, ressalta Freitas. (Fonte - OCERGS)

terça-feira, 22 de junho de 2021

Frente Parlamentar do Bambu defenderá fibras naturais

Logo da Frente Parlamentar do Bambu e das Fibras Naturais


Em reunião coordenada nesta manhã (21), pelo presidente da Frente Parlamentar do Bambu, Deputado Federai Giovani Cherini, foi decidido que todas as fibras naturais, como algodão orgânico, juta, malva, seda, sisal, piaçava, licuri, macaúba, babaçu, abacá, curauá, linho entre outros passarão integrar a nova Frente Parlamentar do Bambu e das Fibras Naturais. A decisão de ampliar a Frente Parlamentar do Bambu para Frente Parlamentar do Bambu e de Fibras Naturais nasceu no dia 11 de maio do ano corrente, em reunião da Câmara Setorial de Fibras Naturais do Ministério da Agricultura, conduzida pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Cesar Halum, que contou também com a participação do Vice-presidente da República e Coordenador do Conselho da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, e do deputado Giovani Cherini. Cherini justifica a ampliação da Frente pela importância econômica das fibras. “No Brasil, mais de 200mil famílias de agricultura familiar cultivam fibras naturais em todos os biomas nacionais. Além da agricultura familiar, podemos considerar os empregos gerados na cadeia do beneficiamento e na cadeia de valor”, afirma o deputado. Para o parlamentar, que é, também, produtor rural, o plantio e o desenvolvimento do encadeamento produtivo favorece a agricultura familiar e as políticas públicas de conservação e de preservação do meio ambiente, porque são espécies de fácil propagação, crescem rápido, neutralizam carbono, oferecem simples manuseio, podendo ser usados na agricultura, construção civil, indústria da moda , biocompósitos, bioplásticos, arte, culinária, saúde, alimentação, artesanato, móveis, decoração, paisagismo, produção de papel e bioenergia.

Para Guilherme Forte, presidente da Associação Brasileira das Fibras Naturais – Abrafibras, a Frente Parlamentar, agora ampliada, terá um importante papel na defesa das fibras naturais. Forte cita, como exemplo, o trabalho desenvolvido em prol do plantio do bambu. Segundo ele, uma touceira da gramínea tem a capacidade de captar 60 KG de CO2 por ano, enquanto uma árvore capta cerca de 25 Kg de CO2 por ano. Já o assessor técnico da Frente do Bambu, Nery Auler da Silva, destacou  a importância da regulamentação da Lei nº 12.484/11, que institui a Política Nacional de Incentivo Sustentado ao Cultivo do Bambu e demais Fibras Naturais.

A Frente Parlamentar tem por objetivo defender a execução da política nacional de incentivo à pesquisa, ao cultivo e à inovação tecnológica no processo e em toda a cadeia produtiva, no uso, na comercialização e, também, o incremento na cadeia de valor do Bambu e das demais fibras naturais.


Assessoria de Imprensa