quinta-feira, 10 de agosto de 2023

A OZONIOTERAPIA VEIO PARA FICAR - Giovani Cherini

 



Como Presidente da Frente Parlamentar de Práticas Integrativas em Saúde do Congresso Nacional e autor do texto da lei que autoriza a prescrição da Ozonioterapia no Brasil,   venho aplaudir o reconhecimento oficial desta terapia que, desde 2018, pelo nosso trabalho, encontra-se incluída no Sistema Único de Saúde. Como relator dessa proposta na Câmara dos Deputados, tive a oportunidade de corrigir o texto da proposição. Inicialmente, o projeto de lei restringia essa atuação apenas a médicos. A proposta apresentada por esse parlamentar e aprovada na Câmara dos Deputados estendeu a ozonioterapia a todos os profissionais da saúde de nível superior inscritos em seus respectivos conselhos profissionais, ou seja, odontólogos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, farmacêuticos dentre outros. A minha experiência com ozônio já vem de longa data. Me submeti a essa terapia em vários momentos da minha vida e posso afirmar a sua eficácia. Por isso sou seu defensor, assim como das outras 28 terapias complementares que ajudamos a introduzir no SUS. Países como Suíça, Áustria, Estados Unidos e Austrália são alguns exemplos de países que reconhecem Ozônio Medicinal como sendo objeto de tratamentos que beneficiam toda a população. Só na Alemanha, por exemplo, as evidências científicas se acumulam, sustentadas por testes realizados em milhões de pacientes. Em toda a Europa são centenas de médicos atuantes na pesquisa deste tema. Na Itália, graças ao uso da ozonioterapia, são alcançadas altas taxas de recuperação em enfermidades como hérnia de disco, por exemplo.

O Ozonio é considerado um dos oxidantes mais eficazes, tendo sido um fator cada vez mais decisivo para a diminuição, e muitas vezes a cura, de doenças inflamatórias, infecciosas, problemas circulatórios, articulares e feridas decorrentes de diabetes, entre outras enfermidades.

Este tratamento, baseado na mistura dos gases oxigênio e ozônio, com objetivo terapêutico, é capaz de reduzir custos de outros tratamentos e evitar amputações ou cirurgias mais complexas e delicadas. É sabido que no Brasil, nos últimos dez 10 anos, o número de pacientes com diabetes aumentou cerca de 30%, de acordo com o Atlas do Diabetes de 2021 e, que em 2022, mais da metade das amputações de pés e pernas no país aconteceram em decorrência do diabetes. Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), a média foi de três amputações a cada hora. O aumento dessas cirurgias, medida adotada em quadros já extremos, é resultado do chamado “pé diabético”, e eu não tenho dúvidas de que o ozônio pode contribuir com a redução significativa dessas amputações. Na medida que a ozonioterapia vai sendo conhecida, a sua rejeição vai diminuindo e mais e mais pessoas poderão usufruir do seu benefício. Eu não tenho dúvidas de que a ozonioterapia, além de agir positivamente na saúde das pessoas, tem o potencial de reduzir entre 20 a 80% os custos de diferentes doenças que impactam o orçamento público. Acredite, a Ozonioterapia será um divisor de águas na saúde pública do Brasil e veio para ficar.

 *Deputado Federal. Especialista em saúde pública. Especialista em fitoterapia aplicada à nutrição. Idealizador do projeto “Município Sem Doença”.


quarta-feira, 5 de julho de 2023

COOPERATIVISMO PERDE EMILIANO LIMBERGER

 

Falecido em 27 de abril aos 95 anos. Um mestre. Juntos criamos a APOIO – Associação Pró-ortografia Independente. Impulsionador das Cooperativas e defensor da herança guarani-missioneira. Gostava muito de ouvir as suas falas, repletas de conhecimento e SABEDORIA. Escreveu vários livros entre os quais: Raízes do Tradicionalismo Gaúcho e Evolução da Legislação Cooperativa. (Roberto Rech)


  • Emiliano José Klafke Limberger nasceu em 18 de outubro de 1927 na localidade de Rincão Del Rei, em Rio Pardo, e estava com 95 anos de idade, Teve quatro filhos com Ingona Forster Limberger, já falecida: Alberto, Virgínia, Fernando e Beatriz.

 Atuou como divulgador da cooperativa como uma forma de organização econômica e social, como, por exemplo, na Cooperativa Ecológica Coolmeia, de Porto Alegre, entidade que juntou produtores e consumidores e que viabilizou a comercialização da produção de alimentos orgânicos em grande escala no Rio Grande do Sul.

 Filho de pequenos agricultores da região de Rio Pardo, formou-se em Direito em Porto Alegre, quando conheceu o trabalhismo de Fernando Ferrari, de quem viria tornar-se assessor. Foi locutor de notícias e apresentador da Oração da Ave Maria na Rádio Santa Cruz em transmissão realizada a partir da Catedral São João Batista. Participou da elaboração do Estatuto do Trabalhador Rural. Foi vereador em Santa Cruz do Sul e advogado trabalhista. Participou do MFC – Movimento Familiar Cristão. Foi fundador do Movimento Justiça e Direitos Humanos de Porto Alegre. Emiliano foi professor no Colégio Ernesto Dornelles.

 Nos últimos anos, Emiliano dedicou-se ao Instituto Pró Memória Sepé Tiaraju e à Semana Missioneira, realizada desde 2010 entre 19 e 25 de abril de cada ano, para resgatar e divulgar a cultura guarani-missioneira e sua importância para o Estado. O Instituto tem como atividades principais relembrar o martírio do padre jesuíta Cristóvão de Mendoza y Orellana, que impulsionou a criação em escala de gado, cavalos e ovinos no atual território do  Rio Grande do Sul e de realizar a Semana Missioneira para conscientizar a população sobre o que temos de herança das Missões, desfazer equívocos históricos e ajudar os remanescentes a viver dignamente. Desde a pandemia da Covid, a partir de 2020, a realização da Semana Missioneira viu-se prejudicada e estava sendo paulatinamente retomada. As reuniões do Instituto, convocadas por Emiliano, aconteciam no escritório do padre jesuíta Attilio Hartmann. As atividades em várias edições da Semana Missioneira foram realizadas na Assembleia Legislativa do Estado, Câmara Municipal de Porto Alegre e em Viamão, Tabaí, Rio Pardo e Gravataí, dentre outras localidades

 Muitos textos recentes de Emiliano estão no site www.semanamissioneira.jor.br.. Escreveu vários livros entre os quais: Raízes do Tradicionalismo Gaúcho e Evolução da Legislação Cooperativa,

 O presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, Miguel Frederico do Espírito Santo, ao saber do falecimento, disse que “Emiliano Limberger foi um pioneiro na atenção aos pleitos indígenas. Merece nosso respeito e admiração“.

 Nelson Diehl, ex-dirigente da Cooperativa Coolmeia, afirma que “Emiliano foi uma pessoa importante para o estudo e a prática dos fundamentos do cooperativismo pela Coolmeia. Foi no Centro de Cooperativismo em Linha Imperial, Nova Petrópolis, que a Coolmeia definiu o que desejava ser. Foi lá que decidimos criar e realizar a Tupambaé – Feira Ecológica, precursora das principais feiras ecológicas de Porto Alegre e de outras regiões. Foram cursos de fim de semana realizados várias vezes. Emiliano também colaborou na formatação institucional da Escolinha Pé-de-Feijão, iniciativa de associados da Coolmeia”. “Tupambaé”, é uma expressão tupi-guarani que expressa o conceito de trabalho conjunto, comunitário, para a vida da comunidade.

 Atualização em 8/5/2023 – A biblioteca e o acervo pessoal de Emiliano Limberger foram repassados pela família aos cuidados do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Nesta instituição, será no futuro catalogado e disponibilizado aos pesquisadores interessados.

 © 2023 / Texto do jornalista João Batista Santafé Aguiar