Como Presidente da Frente Parlamentar de Práticas Integrativas em Saúde do Congresso Nacional e autor do texto da lei que autoriza a prescrição da Ozonioterapia no Brasil, venho aplaudir o reconhecimento oficial desta terapia que, desde 2018, pelo nosso trabalho, encontra-se incluída no Sistema Único de Saúde. Como relator dessa proposta na Câmara dos Deputados, tive a oportunidade de corrigir o texto da proposição. Inicialmente, o projeto de lei restringia essa atuação apenas a médicos. A proposta apresentada por esse parlamentar e aprovada na Câmara dos Deputados estendeu a ozonioterapia a todos os profissionais da saúde de nível superior inscritos em seus respectivos conselhos profissionais, ou seja, odontólogos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, farmacêuticos dentre outros. A minha experiência com ozônio já vem de longa data. Me submeti a essa terapia em vários momentos da minha vida e posso afirmar a sua eficácia. Por isso sou seu defensor, assim como das outras 28 terapias complementares que ajudamos a introduzir no SUS. Países como Suíça, Áustria, Estados Unidos e Austrália são alguns exemplos de países que reconhecem Ozônio Medicinal como sendo objeto de tratamentos que beneficiam toda a população. Só na Alemanha, por exemplo, as evidências científicas se acumulam, sustentadas por testes realizados em milhões de pacientes. Em toda a Europa são centenas de médicos atuantes na pesquisa deste tema. Na Itália, graças ao uso da ozonioterapia, são alcançadas altas taxas de recuperação em enfermidades como hérnia de disco, por exemplo.
O Ozonio é considerado um
dos oxidantes mais eficazes, tendo sido um fator cada vez mais decisivo para a
diminuição, e muitas vezes a cura, de doenças inflamatórias, infecciosas,
problemas circulatórios, articulares e feridas decorrentes de diabetes, entre
outras enfermidades.
Este tratamento, baseado
na mistura dos gases oxigênio e ozônio, com objetivo terapêutico, é capaz de
reduzir custos de outros tratamentos e evitar amputações ou cirurgias mais
complexas e delicadas. É sabido que no Brasil, nos últimos dez 10 anos, o
número de pacientes com diabetes aumentou cerca de 30%, de acordo com o Atlas
do Diabetes de 2021 e, que em 2022, mais da metade das amputações de pés e
pernas no país aconteceram em decorrência do diabetes. Segundo a Sociedade
Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), a média foi de três
amputações a cada hora. O aumento dessas cirurgias, medida adotada em quadros
já extremos, é resultado do chamado “pé diabético”, e eu não tenho dúvidas de
que o ozônio pode contribuir com a redução significativa dessas amputações. Na
medida que a ozonioterapia vai sendo conhecida, a sua rejeição vai diminuindo e
mais e mais pessoas poderão usufruir do seu benefício. Eu não tenho dúvidas de
que a ozonioterapia, além de agir positivamente na saúde das pessoas, tem o
potencial de reduzir entre 20 a 80% os custos de diferentes doenças que
impactam o orçamento público. Acredite, a Ozonioterapia será um divisor de
águas na saúde pública do Brasil e veio para ficar.
*Deputado Federal. Especialista em saúde pública. Especialista em fitoterapia aplicada à nutrição. Idealizador
do projeto “Município Sem Doença”.