A Lei estadual nº 11.995/2003
(a primeira legislação encetada por um Estado a tratar do tema em nível
nacional – emenda do então deputado estadual Giovani Cherini) definiu o “Pai
dos Colonos” como patrono do cooperativismo gaúcho.
O Deputado Federal Giovani Cherini, vice-presidente da FRENCOOP é
autor do Projeto de Lei nº 4280/12, declara o Padre Theodor Amstad Patrono do
Cooperativismo Brasileiro.
Segundo o parlamentar, o projeto tem por objetivo prestar justa
homenagem à memorável figura do padre Theodor Amstad considerado o introdutor
do cooperativismo no Brasil.
Padre Theodor nasceu em 9 de novembro de 1851, em Beckenried, no
cantão de Urwalden, junto ao Lago dos Quatro Cantões, na Suíça. Procedente da
Inglaterra chegou ao Brasil em 1885, passando a prestar assistência econômica,
social e cultural aos colonos do Rio Grande do Sul, dando início ao
movimento de fundação das associações de lavradores, cooperativas e caixas
Raiffeisen naquele Estado.
É de bom alvitre ressaltar, que antes mesmo que o governo brasileiro
editasse a primeira legislação sobre o cooperativismo, em 1907, o padre Amstad
já havia elaborado em 1903, as primeiras diretrizes para a constituição de
cooperativas.
Segundo registro na obra “Cooperativas de Crédito – História da
evolução normativa no Brasil”, publicada pelo Banco Central do Brasil, de
autoria do Marcos Antonio Henriques Pinheiro, 6ª Edição “(...) apenas dois anos
após a fundação da primeira cooperativa de crédito das Américas, em Quebec, no Canadá,
foi constituída, em 28 de dezembro de 1902, a primeira cooperativa de crédito
brasileira, na localidade de Linha Imperial, município de
Nova Petrópolis (RS): à Caixa de Economia e Empréstimos Amstad,
posteriormente batizada de Caixa Rural de Nova Petrópolis” (...) que continua
em atividade até hoje, sob a denominação de Cooperativa de Crédito de Livre
Admissão de Associados Pioneira da Serra Gaúcha – Sicredi Pioneira/RS”.
E mais, o Padre Amstad, criou os municípios de Acaí e Nova Petrópolis
com o auxílio de produtores rurais familiares, além de ter se destacado por sua
participação em lideranças religiosas, católicas e evangélicas desenvolvidos
durante trinta e oito anos de atividades pastorais.
Na noite de 8 de novembro de 1938, o Padre Amstad faleceu, em São
Leopoldo, na casa dos jesuítas, deixando, como legado, muitas obras e
iniciativas de relevante impacto comunitário.
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