Aprovar o Ato
cooperativo é prioridade
diz o Deputado Giovani Cherini
Previsto na Constituição de 1988, ainda aguarda regulamentação.
Alcides Mandelli Stumpf, diretor da Unimed, Dep. Giovani Cherini e Marco Túlio de Rose, assessor Jurídico da UNIMED. |
O Projeto de Lei Complementar
(PLP) 271/2005, que trata sobre o adequado tratamento tributário ao ato
cooperativo esteve prestes a ser aprovado no mês de março de 2013. Depois de
360 deputados terem aprovado, em sessão extraordinária da Câmara dos Deputados,
requerimento de urgência, o deputado cooperativista Giovani Cherini apresentou, no dia 22 de maio de 2013, Substitutivo ao Projeto de Lei Complementar. Este
havia sido discutido amplamente pela OCB, pelo Legislativo e pelo Governo.
Naquele momento, o relator estava
animado pois havia consenso. Para Cherini, que é vice-presidente da Frente
Nacional de Apoio ao Cooperativismo do Congresso Nacional, a aprovação do Ato
Cooperativo, previsto na Constituição de 1998, significa uma grande conquista
ao cooperativismo, pois vai dar segurança jurídica e tributária às 6.587
cooperativas e aos mais de 10 milhões de cooperados do Sistema OCB.
O PLP 271/2005 tem o objetivo de
demonstrar exatamente em que momento incide a legislação tributária brasileira
em suas operações, evitando que a cooperativa seja obrigada a recolher tributos
cujos fatos geradores nela não tenham ocorrido, haja vista a ausência de fins
lucrativos nas sociedades cooperativas. Estão nessa relação, por exemplo, a
CSLL e as contribuições PIS/Cofins. Assim, busca-se delimitar a incidência
tributária na pessoa do cooperado, verdadeiro contribuinte.
A defesa do cooperativismo tem
sido um dos eixos do deputado Giovani Cherini na Câmara dos Deputados. Ele comemora
a recente decisão do Supremo Tribunal
Federal que declarou a inconstitucionalidade do dispositivo da Lei nº 8.212, de
1991, que no seu art. 22, inciso IV, previa a contribuição de 15% sobre o valor
do serviço prestado por meio de cooperativa de trabalho. Infelizmente, em uma
outra decisão sobre o PIS, as cooperativas de saúde não tiveram reconhecido o
seu direito de não recolhimento do PIS, uma vez que as cooperativas de saúde
trabalham, sim, são criadas para prestar atendimento às pessoas que são
clientes e não são cooperados. Por isso a importância da aprovação do Ato
Cooperativo.
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